segunda-feira, 21 de julho de 2008

O Viajante - Texto De Joelmir Beting

Se beber não dirija. Nem governe.

Até aqui, em 40 meses de governo, o presidente Lula já cometeu 102 viagens ao mundo. Ou mais de duas por mês, tal como semana sim, semana não. Sem contar, ora pois, as até aqui, 283 viagens pelo Brasil. Hoje, dia 15, ele completa 382 dias fora do país desde a posse. E pelo Brasil, no mesmo período, 602 dias fora de Brasília. Total da itinerância presidencial, caso único no mundo e na História: Exatos 984 dias fora do Palácio, em exatos 1.201 dias de presidência. Equivale a 81,9% do seu mandato fora do seu gabinete. Esta é a defesa da tese de que ele não sabia e nem sabe de nada do que acontece no Palácio do Planalto.

Governar ou despachar, nem pensar.
A ordem é circular.
A qualquer pretexto.

E sendo aqui deselegante, digo que o presidente não é (nem nunca foi) chegado ao batente, ao despacho, ao expediente. Jamais poderá mourejar no gabinete, dez horas por dia, um simpático mandatário que tem na biografia o nunca ter se sentado à mesa nem para estudar, que dirá para trabalhar!

E o povão ainda aplaude e vota...



Bux.To - Um dos melhores PTC's

2 comentários:

Cássio disse...

e.mail para o meu primo sobre esse artigo:

Alysson, sai dessa: abre uma Skol! Muito conservador o texto do Beting! Viajar, mesmo que muito, faz parte do trabalho de qualquer governante dos dias de hoje. Não se impressione com números. Duvide de tudo e de todos, principalmente desses jornalistas de grife, esses "donos da verdade" que nos empurram opinião disfarçada de informação. Hoje o mundo todo está conectado, a economia e a política de uma país afetam o outro em questão de segundos. Uma decisão importante de uma nação forte, mesmo que distante, pode quebrar setores da economia de um outro país da noite pro dia - sei que você é inteligente e sabe disso. Presidente tem que viajar e fazer lobby a favor do país mesmo, concretizar acordos e cuidar da imagem do país pra trazer investidores. Já foi o tempo em que política e gestão administrativa se fazia no quintal de casa. Isso é uma idéia muito conservadora. Nós, que somos pessoas jovens, não podemos compactuar com esses velhos caducos e manipuladores de opinião pública! Eles são fantoches dos que NÃO querem mudança, que estavam satisfeitos com governos elitistas que vinham da linhagem do coronelismo, esses caras que tudo têm e só querem se dar bem em cima dos que nada têm. Eles querem que o Brasil e o mundo continuem a mesma merda porque, pra esses caras, merda é coisa boa. Finalmente, isso agora começa a ser rompido devagarinho. Esse rompimento, esse recomeço, isso incomoda muita gente (o Joemir e vários dos seus colegas, por exemplo). Trabalhar fora do "escritório" não é sinônimo de vida mansa e turismo. Isso mostra que o Seu Joemir pensa muito pequeno. Em tempos de celular, video-conferência e transmissão de dados em alta velocidade, querer que o presidente do Brasil bata ponto todos os dias é idéia de quem não bate bem da cabeça. Somos jovens, Alysson! Somos filhos da internet, da velocidade, da liberdade! Temos que queimar essas múmias, essas idéias antigas que graças à Deus, graças à evolução lentinha da humanidade, começam a caducar.

Asilos para idéias! Eles seriam mais úteis à humanidade que os asilos para as gentes. O primeiro hóspede seria esse artigo do Joemir :-)

(e a fila tá grande)

Um abraço,

Cássio.

GuS disse...

Muito bem dita sua opinião, Cássio.
Valeu!