segunda-feira, 16 de junho de 2008

10 Grandes Cagadas Do Mundo Dos Negócios

10 - New Coke

Data: 1985

Prejuizo: Não se sabe ao certo. Estima-se algo entre 50 e 500 milhões de dólares

Depois de dois anos de testes secretos, a Coca-Cola resolveu substituir a consagrada fórmula de seu refrigerante por uma outra, mais doce. A “New Coke” foi lançada em meio a uma caríssima campanha publicitária, mas gerou protestos pelos Estados Unidos – o público detestou o novo sabor e a versão antiga começou a ser vendida no mercado negro. Logo os engarrafadores recusaram-se a fabricá-la e devolveram 30 milhões de dólares em concentrado para a empresa.

Que fim levou: A Coca voltou atrás: relançou a antiga fórmula com o nome “Classic” apenas 77 dias depois e nunca revelou o tamanho exato do “preju”.


9 - Filme Plutonash

Data: 2002

Prejuizo: US$ 113 milhões

O roteiro de intrigas interplanetárias em torno de uma boate começou a ser escrito no meio da década de 1980 e passou por dezenas de modificações até ficar pronto, cerca de 15 anos depois. A demora aconteceu provavelmente porque o material não era bom o suficiente: nas telas, com Eddie Murphy no papel principal, foi um fracasso de público e crítica: custou 100 milhões de dólares e rendeu 7 milhões de dólares no mundo inteiro (Cidade de Deus, lançado na mesma época, faturou 28 milhões de dólares).

Que fim levou:Os 20 milhões de dólares em publicidade não ajudaram, e até Eddie Murphy confessou ter vergonha do filme.


8 - Jato da Embraer

Data: 2002

Prejuizo: US$ 300 milhões

Os governos do Brasil e da Argentina assinaram um acordo para desenvolver em parceria um jato para vôos regionais. A Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) ficaria com dois terços do trabalho e transferiria tecnologia para a Fabrica Militar de Aviones, da Argentina. O projeto durou cinco anos e o protótipo foi entregue com festa. Mas o mercado não quis nem saber: o avião, batizado de Vector, era caro demais, e a crise política no Brasil abortou o projeto.

Que fim levou: Os dois protótipos foram destruídos, a idéia, engavetada, e a Embraer se afundou numa crise da qual levou anos para se recuperar.


7 - Virtual Boy da Nintendo

Data: 1995

Prejuizo: US$ 396 milhões

A Nintendo lançou uma proposta, digamos, esquisita: uns óculos feios, pesados, que geravam efeitos 3D em duas cores, ligado por um fio a um joystick. Não precisa ser expert em negócios para adivinhar que a aposta não deu certo: o videogame era caro, pouquíssimos jogos foram lançados e, para piorar, causava tontura em quem ficasse mais de alguns minutos brincando. A expectativa era vender 3 milhões de unidades pelo mundo, mas o número não chegou a 400 mil.

Que fim levou: Em menos de um ano a Nintendo aposentou o Virtual Boy, tirou-o das lojas e suspendeu o desenvolvimento de jogos para a plataforma.


6 - Newton da Apple

Data: 1993

Prejuizo: US$ 700 milhões

Hoje, tudo que a Apple lança é sucesso quase instantâneo. Mas o passado da empresa esconde um computadorzinho de mão (PDA) chamado Newton. Feito às pressas, tinha vários problemas: não cabia em bolso nenhum, as pilhas acabavam rápido e o programa não reconhecia direito a escrita com a canetinha.

Que fim levou: O Newton amargou anos de prejuízo até ser tirado de circulação em 1998 por Steve Jobs, justo quando o aparelho começava a dar certo. Outra empresa, a Palm, achou que o filão tinha futuro e lançou, com muito sucesso, o seu PDA no mesmo mês da morte do Newton.


5 - Beatles desprezados

Data: 1962

Prejuizo: US$ 2 bilhões

Mike Smith era um descobridor de talentos da gravadora Decca que, no fim de 1961, foi a Liverpool ouvir um grupo que começava a fazer sucesso. Gostou dos caras e os convidou para uma audição em Londres. Os Beatles tocaram 15 músicas, mas não empolgaram o outro executivo da gravadora, que desdenhou: “Desculpe, mas não gostamos do som dos seus garotos. Essa história de grupos já acabou, e particularmente grupos de quatro pessoas com guitarras já era”.

Que fim levou: A banda “ruim” virou só a mais importante de todos os tempos.


4 - Celular por satélite

Data: 1998

Prejuizo: US$ 6 bilhões

A empresa Iridium surgiu com um conceito interessante no mundo dos celulares, em 1998: quem pagasse pelo serviço a preços exorbitantes teria sinal em qualquer parte do mundo (até na maldita ilha de Lost!). Várias empresas se juntaram para garantir os 6 bilhões de dólares necessários para a implantação, que envolvia 66 satélites.

Que fim levou: Com problemas de gestão e sem assinantes, a empresa abriu falência e foi vendida por 25 milhões de dólares em 2001. Hoje, o serviço existe, mas é usado quase que exclusivamente pelo Exército americano.


3 - Direitos de Guerra nas Estrelas

Data: 1976

Prejuizo: US$ 10 bilhões

Em 1976, a produção do primeiro filme de Guerra nas Estrelas estava atrasadíssima e o orçamento já estava pra lá de estourado. O diretor George Lucas, pressionado, concordou em reduzir o seu cachê (não revelado, mas menor que 1 milhão de dólares) em troca dos direitos totais sobre os personagens. A Fox concordou. (Na época, ninguém fazia bonecos baseados em filmes)

Que fim levou: Muitas espadas de plástico, bonequinhos, bichinhos de pelúcia, canecas, lancheiras e 120 games depois, os produtos licenciados fizeram George Lucas o homem mais rico da 7ª arte.


2- AOL e Time Warner

Data: 2001

Prejuizo: US$ 100 bilhões

Maior conglomerado de comunicações do mundo, a Time Warner engloba desde canais de TV como CNN até gibis da DC Comics. Em 2000, no auge da bolha especulativa da internet, a America Online, maior provedora do mundo, estava com a corda toda, e as duas empresas resolveram se fundir. Mas logo a AOL “datou”: sua fórmula era distribuir CDs de instalação para o discador e usar um navegador próprio.

Que fim levou: Em 2002 o braço AOL da dupla foi reavaliado e registrou prejuízo de quase 100 bilhões de dólares, um recorde histórico.


1 - Recusa do telefone

Data: 1876

Prejuizo: US$ 150 bilhões

O jovem inventor escocês Graham Bell quis vender a patente de um novo aparelho chamado telefone à empresa que tinha o monopólio dos telégrafos nos EUA por 100 mil dólares, um dinheirão na época. O dono da empresa não quis pagar. Disse ao inventor americano que a idéia era boa, mas estava mais para um brinquedo.

Que fim levou: Dois anos depois, o mesmo executivo, arrependido, disse que se tivesse pago 25 milhões de dólares, teria sido uma barganha. Com dinheiro emprestado pelo Imperador do Brasil, Pedro II, Graham Bell fundou sua própria companhia telefônica, que usufruiu 17 anos de monopólio sobre a invenção, o suficiente para torná-la a maior do mundo em telefonia.

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