terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Control

Control é um filme-biografia que conta a trágica história de Ian Curtis, vocalista da banda Joy Divison, que cometeu suicídio por enforcamento a 27 anos atrás. Aplaudido de pé em Cannes, ganhou rasgados elogios de crítica e público. Ganhou o prêmio Director's Fortnight na edição de 2007 do Festival de Cannes, dado ao diretor do filme, o fotógrafo holandês Anton Corbijn, conhecido por vídeos de bandas como U2, Nirvana e Depeche Mode. Em sua estréia no cinema, Corbjin se baseou no livro Touching from a distance, da esposa de Ian, Deborah Curtis, para criar o filme. O roteiro foi adaptado por Matt Greenhalgh.

O filme, segundo o diretor, se centrou na vida sofrida e angustiante de Ian, e não na cena pós-punk. “O filme contém música, mas não é um musical”, reforça Corbijn. “Espero que os espectadores entendam que tentei fazer um filme de verdade e não uma biografia do rock”. Clássicos como “Love will tear us apart”, “Atmosphere”, “She’s lost control” (que inspira o título do filme) e “Transmission” fazem parte da trilha sonora.

Outro ponto forte a destacar, segundo a crítica presente é a excelente atuação do ator Sam Riley, vocalista da banda 10.000 Things, no papel de Ian Curtis. O ator de 27 anos esbanja talento e encarna o cantor e suas particularidades de maneira invejável. Ele já havia interpretado um cantor do mundo pós-punk Mark E. Smith, do The Fall, no filme “A Festa Nunca Termina” (2002), de Michael Winterbottom. O ator estava trabalhando numa loja de roupas, quando foi encontrado por Corbijn e convidado para ser a estrela do filme. A atriz Samantha Morton é quem vive na pele de Deborah Curtis, esposa de Ian.

Os fãs de Joy Division devem ficar satisfeitos com o resultado. A essência do longa, baseado na conturbada e depressiva vida de Ian, é um tanto quanto introspectiva e traz para o cinema os conflitos vividos por um dos mais influentes artistas de sua geração. Todo em preto e branco, Control mostra o lado obscuro da banda que mais tarde se tornará o New Order. Pesado e com uma trilha sonora que dispensa comentários, a cria de Corbijn consegue deixar sem palavras os fãs de Joy Division e, mais do que isso, comove todos aqueles que, de uma maneira ou de outra, tem a música correndo pelas veias.

O clima é sombrio na maior parte do tempo e Curtis aparece sorrindo apenas uma vez durante todo o filme. Embora o Joy Division seja a coluna dorsal do longa, o foco da obra fica sobre a trajetória do protagonista, que modéstia parte, merece destaque.

E a trilha sonora de Control é de deixar qualquer fã babando. A banda de Las Vegas The Killers aparece com um cover de "Shadowplay", originalmente do álbum Unknown Pleasures, de 1979, do Joy Division. Outro destaque são três inéditas instrumentais do New Order (banda formada pelos remanescentes do grupo após a morte de Curtis) compostas especialmente para a trilha, "Exit", "Get Out" e "Hypnosis".

O restante do álbum conta com clássicos dos anos 70 como "What Goes On", do Velvet Underground, "Sister Midnight", do Iggy Pop, e "Drive-In Saturday" e "Warszawa", ambas do cantor britânico David Bowie. Confira as músicas:

New Order - "Exit"
The Velvet Underground - "What Goes On"
The Killers - "Shadowplay"
Buzzcocks - "Boredom" (ao vivo)
Joy Division - "Dead Souls"
Supersister - "She Was Naked"
Iggy Pop - "Sister Midnight"
Joy Division - "Love Will Tear Us Apart"
Sex Pistols - "Problems" (ao vivo)
New Order - "Hypnosis"
David Bowie - "Drive-In Saturday"
John Cooper Clarke - "Evidently Chickentown"
Roxy Music - "2HB"
Joy Division - "Transmission"
Kraftwerk - "Autobahn"
Joy Division - "Atmosphere"
David Bowie - "Warszawa"
New Order - "Get Out"

Clique aqui para ver algumas imagens do filme, direto do site do Omelete. E confira abaixo o trailer do filme e mais dois clipes que escolhi da própria banda ao vivo, Shadowplay e She's Lost Control.




1 comentários:

carol morais disse...

eita...até que enfim vc colocou um comentário deste filme q é simplesmente incrível!!! recomendo a todos os fãs!!!!
valewww
bjus